ANUNCIE SUA EMPRESA AQUI - LIGUE AGORA NO (65) 98434-3244 E FAÇA SEU ORÇAMENTO

ANUNCIE SUA EMPRESA AQUI -  LIGUE AGORA NO (65) 98434-3244 E FAÇA SEU ORÇAMENTO

Mato Grosso e Mato Grosso Sul unidos pelo luto: Morre Jesus Gaeta aos 85 anos em Campo Grande após uma parada cardíaca



Top Mídia e MS Notícias



O ex-deputado Cecílio de Jesus Gaeta faleceu nesta sexta-feira (3), em Campo Grande. Aos 85 anos, o ex-parlamentar estava acamado há três anos e sofreu parada cardíaca por volta das 12h20.

Cecílio foi eleito deputado estadual de MS em 1978, junto com outros 17 parlamentares. Filiado ao MDB, ele fez parte da primeira Comissão Constitucional da Assembleia de MS.

O velório será realizado neste sábado (4), a partir das 8h30. O sepultamento está marcado para às 15h30, no Memorial Park.
Lembrado pela família e amigos

Nas redes sociais, o ex-deputado é lembrado com carinho pelos familiares e amigos. Cecílio de Jesus Gaeta Neto lamenta a partida do avô. “É com muita tristeza que ele deixa a todos, meu avô foi um grande homem”.

Ao lembrar do lado político de Cecílio, o neto diz que o avô “revolucionou a política do nosso estado, foi uma grande figura política”. Por fim, lembrou dos comícios, em que o ex-deputado entregava rosas aos eleitores.

“Sem dúvida seus comícios pelo Estado eram o ponto forte dele. Sempre com a música ‘Receba as flores que lhe dou’, foi um grande sucesso”, disse o neto.

O velório será realizado neste sábado, 4, a partir das 8h30, e o sepultamento está marcado para às 15h30, no Memorial Park, em Campo Grande.


BIOGRAFIA

Nascido em Cuiabá, construiu sua trajetória política em Corumbá. Sua vocação para os enfrentamentos e a facilidade de comunicação, enriquecida por recursos metafóricos e de envolvente retórica populista, logo abriu as portas da vida publica e da atenção dos eleitores, a quem chamava de “meu roseiral querido”. Eleito vereador, sentiu que poderia voar mais alto. Expressiva parcela do povo corumbaense identificou-se com seu estilo e Gaeta foi às urnas pela segunda vez em 1970 para se eleger deputado estadual. Estava iniciando, aí, um capítulo destacado e singular na historiografia da vida publica regional.

Ao longo de cinco mandatos – um de vereador e quatro de deputado estadual (dois por Mato Grosso pré-divisão e dois por Mato Grosso do Sul) -, Gaeta fez e aconteceu. Foi filiado ao MDB – partido criado para ser oposição à ditadura militar – e confundido, por causa disso, como ativista de esquerda. Nunca foi. Sempre esteve em sentido contrário. É declaradamente um nacionalista de direita, anticomunista.

Em seus mandatos tinha o cuidado de conciliar ataques ferozes a governantes regionais ligados ao regime, porém poupava as Forças Armadas. Mas, justiça seja feita: Gaeta não regateava adjetivos desqualificadores e verborragia violenta contra forças estaduais de segurança, as polícias Civil e Militar.

Colecionou inúmeros casos de violência policial para levar aos palanques e programas de rádio e TV. O que pouca gente sabe é que fora da mídia ele pessoalmente prestava solidariedade e apoiava as vítimas. Era um ser humano. Os servidores mais antigos das Assembleias Legislativas dos dois Mato Grosso até hoje falam, com saudade, do tempo em que Gaeta foi deputado, citando-o como um político que gostava dos funcionários e não os deixava na mão.


MARCAS 

Jesus Gaeta discursando seduzia os ouvintes, acreditando nele ou não. Para prender as atenções do povo que o seguia, emocioná-lo e arrastá-lo sabia como criar as frases de efeito e metáforas impactantes, untadas de arroubos populistas. Nos palanques e nos programas de propaganda eleitoral começava e terminava sempre da mesma forma, repetindo chavões e repetitivas saudações: “Bom-dia meus queridos e queridas lavadeiras, carroceiros, charreteiros, alfaiates, engraxates, pescadores, cozinheiras, picolezeiros, empregadas...” E assim por diante, numa narrativa longa e enfadonha para quem não se sentia afagado com a ladainha.

Esta era uma das marcas dele e agradava a quem ele queria agradar, sua grande massa de eleitores. Porém, haviam outras marcas que o consolidaram no imaginário popular. Místico, apresentava-se com roupas berrantes, geralmente paletó vermelho. Inevitáveis também eram os acessórios pessoais: rosas na lapela e nas mãos para distribuir e os amuletos de santos católicos e de Umbanda, religião afro da qual foi um dos principais divulgadores.

POLÊMICO E CONTROVERSO

Na primeira legislatura da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (1979-82) Gaeta entrou em rota de colisão com o governador Wilson Martins e as principais lideranças do MDB. Recusava-se a aceitar as resoluções e orientações partidárias, afirmando que não era de aceitar cabresto.

Num dos seus atos de rebeldia, em 1984 entrou na chapa da oposição e deu o voto decisivo para eleger Gandi Jamil (PDS) presidente da Assembleia. Assim, Gaeta foi à forra com Wilson Martins, porque seu voto derrotou o deputado peemedebista Nelson Buainaim, o candidato do PMDB. Na época, eram 24 os deputados estaduais, 12 do PMDB e 12 do PDS.

Com a Casa cheia, logo que a Mesa Diretora anunciou o resultado de 13 a 11 para Gandi, uma parcela do publico, formada por militantes da Juventude do PMDB, vaiou Gaeta ruidosamente. Um sapato foi lançado contra Gaeta. Imperturbável, ele guardou o sapato e levou consigo para seu gabinete, como souvenir. Após esse episódio, e mesmo fazendo parte da Mesa Diretora, as perspectivas políticas e eleitorais começaram a se estreitar para ele.

Com quatro mandatos, em 1986 tentaria o quinto. Todavia, tinha perdido o controle do partido numa disputa na Convenção Municipal de Corumbá e o Diretório Regional, por orientação dos dirigentes do PMDB, não homologou sua candidatura. Gaeta afirma ter sido vítima de um golpe engendrado por Wilson Martins para destruí-lo politicamente.

HISTÓRIA EM NOBRES

Gaeta deixou as arenas de combate político e com sua aposentadoria parlamentar foi cuidar da vida pessoal. Teve perdas de grande impacto, como a morte da esposa, de dois filhos e netos. Sempre resistente ele atuou como pequeno produtor rural em Nobres, onde ele costumava dizer via os dias e as noites pelas varandas do tempo, talvez sem vontade alguma de voltar atrás.

Ele era uma pessoa simples gostava de se comunicar com o mundo pelas redes sociais, intitulando-se “Cecílio, O Panfletário”. Ora para remoer lembranças dos momentos de aclamação popular em comícios, a maioria no Bairro Santa Terezinha, em Corumbá. E regularmente na febril atividade da mini-fazendinha, como denomina a propriedade em Nobres -MT e aonde criava pequenos animais, como cabras leiteiras e carneiros que eram postos à venda.


Share:

Nenhum comentário:

Postar um comentário


from moviepy.editor import * from gtts import gTTS # Caminhos para os arquivos image_path = "/mnt/data/A_digital_photograph_features_a_close-up_portrait_.png" output_path = "/mnt/data/video_bebes_kauana_marcos_v2.mp4" # Textos a serem falados pelas vozes de bebê texts = [ "Oiê, eu sou a Kauana!", "Olá, eu sou o Marcos!", "Somos casados e temos uma filha de 13 anos, a Natália!" ] # Gerar áudios com voz de bebê (gTTS como substituto mais leve) audio_clips = [] for i, text in enumerate(texts): tts = gTTS(text, lang='pt-br') audio_path = f"/mnt/data/audio_bebe_{i}.mp3" tts.save(audio_path) audio_clips.append(AudioFileClip(audio_path)) # Combinar áudios sequencialmente total_audio = concatenate_audioclips(audio_clips) # Criar clipe de imagem com duração igual à do áudio image_clip = ImageClip(image_path).set_duration(total_audio.duration).set_audio(total_audio).resize(height=720) # Música de fundo suave music = AudioFileClip("/mnt/data/bgm_soft_happy.mp3").volumex(0.2).set_duration(total_audio.duration) final_audio = CompositeAudioClip([total_audio, music]) # Definir áudio final e exportar vídeo final_video = image_clip.set_audio(final_audio) final_video.write_videofile(output_path, fps=24)

Em Rosário Oeste a dica é:

Em Rosário Oeste a dica é:

Marcadores

Arquivo do blog

Postagens Recentes