UB, PSB e PSD em Nobres: Quem ganhará a preferência dos eleitores?

 

Redação 

As eleições municipais não apenas definem quem governará as cidades, mas também impactam diretamente a vida dos cidadãos nos próximos quatro anos, desde a gestão local até questões mais amplas de dependência e interferência entre esferas governamentais.

Em Nobres, três pré-candidatos majoritários despontam, cada um respaldado por partidos aliados que possuem ministérios no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

O ex-deputado estadual Zé Domingos, pré-candidato pelo União Brasil (UB), partido com significativa representação parlamentar no governo, opta por uma estratégia independente do PT em várias capitais e cidades polos, assim como em municípios com mais de 15 mil habitantes neste pleito municipal.

A odontóloga Drª Simone Mendes, representando o Partido Socialista Brasileiro (PSB), conta com o apoio de lideranças como o vice-presidente Geraldo Alckmin e do 1º Secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso , deputado estadual Max Russi, que também é o presidente  da  sigla socialista no estado.

Já, o empresário Neilton Almeida Barbosa, conhecido como Neilton Hiper, pelo Partido Social Democrático (PSD), destaca-se pela sua vinculação política com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e com Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD. Este último, além de ser secretário de Governo do Estado de São Paulo, lidera um partido que, pela primeira vez desde sua fundação, governa o maior número de prefeituras no Brasil, com 968 filiações, 308 a mais do que em 2020.

O União Brasil tem o apoio do Partido Republicano Democrático (PRD), o PSD, sob o comando do pré-candidato à prefeito Neilton Hiper, está aberto ao diálogo com outras siglas para alcançar um consenso na chapa majoritária, mas ele como o titular da mesma e o PSB recebe apoio do Republicanos, Podemos e, recentemente, do Partido Liberal (PL), que incluiu a desistência da pré-candidata Zilmai Ferreira em favor de Dra. Simone Mendes, o que gerou críticas discretas quanto à imposição da aliança pela direção estadual do PL, evidenciada pela ausência de representantes locais importantes em uma reunião na Assembleia Legislativa, sem a presença da própria Zilmai Ferreira e do presidente da Executiva Municipal da Silva, o radialista Edemar Bueno.

A incógnita agora é, se o ex-presidente Jair Bolsonaro irá endossar a pré-candidata do PSB, contrastando com suas interações anteriores com Zilmai Ferreira.

Fontes dentro do PL indicam resistências entre alguns pré-candidatos a vereadores à aliança com o PSB, sugerindo que alguns podem buscar apoio fora do partido.

A polarização política nacional entre esquerda e direita também já começa a se desmitificar em Nobres, como ficou evidenciado nesta união entre PSB e PL.

Disputas internas e conflitos de poder pelo Poder no Planalto Central podem influenciar diretamente o cenário eleitoral local, para uma vez que os partidos das três pré -candidaturas majoritárias fazem parte da base do Governo Lula como já dito no começo desta matéria.

Ministros de partidos do Centrão, como União Brasil, PP, PSD, MDB e Republicanos, recentemente enfrentaram críticas por suas alianças legislativas que, segundo deputados petistas, refletem uma fragilidade na base do governo no Congresso Nacional.

O União Brasil controla três ministérios: Turismo (Celso Sabino), Comunicações (Juscelino Filho) e Integração e Desenvolvimento Regional (Waldez Góes); o MDB possui três pastas: Planejamento (Simone Tebet), Cidades (Jader Filho) e Transportes (Renan Filho); enquanto o PSD também detém três ministérios: Minas e Energia (Alexandre Silveira), Agricultura e Pesca (Carlos Fávaro) e Desenvolvimento Regional (André de Paula). O Republicanos e o PP ocupam, respectivamente, um ministério cada: Portos e Aeroportos (Silvio Costa Filho) e Esporte (André Fufuca). Por fim, o PSB tem Márcio França como Ministro do Empreendedorismo.

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