Alertando, por meio e nota, nesta quinta-feira(24), que sem essas participações no debate, muito provavelmente pode-se incorrer nos mesmos erros que causaram a paralisação do empreendimento.
Lembrando que durante todo o debate sobre a retomada do VLT nestes últimos anos, sempre defendeu - com base em estudos técnicos -, uma ampla discussão envolvendo os chefes do Poder Executivo (governador e prefeitos), com representação, inclusive, nesta discussão, das câmaras das duas cidades.
"Há muito cobro uma decisão sobre as obras do Veículo Leve Sobre Trilhos, ligando Cuiabá a Várzea Grande. Especialmente por entender que esta é uma ‘ferida aberta’ no centro das duas cidades, e uma das maiores obras inacabadas do país, se constituindo uma afronta à população".
E que como municipalista, seria importante ressaltar que são as prefeituras quem têm a autonomia para emitir as licenças de obra e, nesse caso, seria de fundamental importância que os gestores da capital e Várzea Grande tivessem, de fato, sido ouvidos. E ainda que a falta de diálogo em um empreendimento tão grandioso - quer seja VLT ou BRT - poderá resultar 'em mais delonga na execução da obra'.
"Sempre observei que essa decisão - de retomar ou não a obra, ou mesmo alterar o tipo de modal - não deve ser unilateral. Essa ferida aberta, que machuca também, dolorosamente, a população, deve ser enfrentada por todos , claro, à luz das questões jurídicas".
"De minha parte, reafirmo meu compromisso de seguir defendendo - antes de qualquer decisão sobre qual modal necessário - que haja um debate ágil e multilateral, já que não se trata apenas e tão somente de definição de meio de transporte de massa, e sim de um grande projeto de requalificação urbana".
De acordo com o estudo técnico elaborado pelo Governo de Mato Grosso e pelo Grupo Técnico criado na Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, para a conclusão do BRT são necessários 24 meses e R$ 430 milhões, já para o VLT, o custo seria de R$ 763 milhões e 48 meses para ser finalizado.
Desde o anúncio sobre a mudança no sistema de transporte, Mendes vem ganhando algumas adesões importantes à sua decisão. Como dos deputados estaduais Eduardo Botelho(DEM), Janaina Riva(MDB), Wilson Santos(PSDB) e da prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos(DEM). Também acharam o posicionamento do governo acertado os dirigentes da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).
Já o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), que se recusou a se reunir com o governador sob o argumento de choque de agenda, disse esta semana que estudará o documento para opinar sobre o assunto mais fortemente. Entretanto, como Wellington Fagundes, Pinheiro criticou o fato do governador ter tomado a decisão sozinho, sem a participação das duas prefeituras.
"Deveria ter reunido as duas cidades e a bancada federal, para depois tomar a decisão em conjunto. Agora, só fazer uma reunião e comunicar a decisão, não foi legal", pontuou o prefeito reeleito.
Estudos técnicos - entenda
No início da semana, Mendes anunciou em coletiva de imprensa, a substituição do VLT pela execução de obras para o BRT. Revelando que teria pautado sua decisão com base em estudos técnicos que apontaram a maior viabilidade do Ônibus de Trânsito Rápido. Ao apontar que além da economicidade até a tarifa da passagem deste novo tipo de modal seria mais barata, R$ 3,04. Caso fosse mantido o VLT, o estudo apontou um valor de R$ 5,28.
"Por uma questão técnica, econômica de curto, médio e longo prazo, a melhor solução para dar um fim neste pesadelo é a mudança de modal, de VLT para BRT e iniciar imediatamente as ações para que possamos acabar com essa obra parada e dar uma solução definitiva para mobilidade urbana de Cuiabá”, disse o governador.
Mendes ainda lembrou que o VLT possui oito ações na justiça, incluindo a que garantiu a rescisão contratual ainda no governo Pedro Taques, após a Operação Descarrilho da Polícia Federal, que descobriu o esquema do pagamento de propina das empresas ao ex-governador Silval Barbosa. Segundo o governo o Consórcio VLT recorreu da decisão e perdeu no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ou seja, a decisão já transitou em julgado.
Pontuando que os relatórios concluíram que o BRT teria mais vantagens à mobilidade da população cuiabana e várzea-grandense em razão da flexibilidade do modal, "por conseguir atingir regiões mais adensadas e mais distantes, bem como permite o seu prolongamento no futuro".
"Conforme os estudos, o traçado do VLT é inflexível, já que as zonas com maior atração de viagens estão há mais de 400 metros dos eixos, “especialmente as áreas centrais de Cuiabá e Várzea Grande”.
Por O Bom da Notícia (Com informações das Assessorias)
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